O caçador de pipas - resenha
O livro, um romance de Khaled Hosseini, aclamado pela crítica e pelo público, vendido para 29 países, conta a história de Amir, um menino nascido em Cabul, no Afeganistão, num tempo de guerras que caracterizaram o fim da monarquia talibã.
A morte de sua mãe durante seu nascimento coincide com a história de seu melhor amigo de infância, Hassan, filho de Ali, empregado de seu pai.
Meninos arteiros, eles crescem brincando, pregando peças nos outros e, especialmente, soltando pipas e o destino conduz a ambos em caminhos distintos até que um dia Amir, que tinha fugido com seu pai para o Paquistão e depois para os Estados unidos, retorna a Cabul e suas memórias reacendem, mas a realidade que ele encontra ali é decepcionante e desastrosa.
Hassam foi assassinado sumariamente pelo talibã, deixando seu filho Sohrab e sua esposa Farzana Jan sofrendo as agruras de uma terra violenta e sem lei. Hassan deixara uma foto e uma carta emocionante para o amigo e Amir guarda tudo, relembrando o seu passado, num tempo de liberdade na infância em que soltavam pipas livremente.
É um livro que comunga de forma ímpar as relações de amizade, relacionamentos fraternos de família, diferenças raciais e religiosas e suas consequências.
Amir se depara com sua própria consciência o acusando de omissão ao perceber que algo precisava ser feito para honrar a morte de seu fiel amigo de infância. É a oportunidade de mudar seu perfil de menino covarde e medroso, uma história de permanente fuga substituída por uma ação reacionária em busca da justiça e da igualdade.
É o papel de redentor que fascina e fecha esta história que retrata uma realidade de um país dilacerada pelas desigualdades e, especialmente pelas atrocidades em nome de Allah e de uma Gihad islâmica indomável.
É um romance cuja narrativa utiliza uma linguagem convincente que prende o leitor pelas emoções e reflexões inevitáveis.
Seu autor, Khaled Hosseini, nasceu em Cabul em 1965. Em 1976,