O Capital

1. Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor Marx nos explica que a mercadoria possui duplo fator: Valor de uso e Valor (a grandeza do valor). E que, antes de tudo, ele é um objeto externo, uma coisa. E que através de suas propriedades satisfaz as necessidades humanas de qualquer espécie, seja do estômago ou da fantasia, são valores de uso, e tem sua utilidade e compreendê-los é fundamental. Pressupõe-se que o exame dos valores se dar através de sua determinação quantitativa, como dúzias de relógios, vara de linho, tonelada de ferro, etc. O que realmente interessa é a utilidade desses elementos, pois é a utilidade de uma coisa que faz dela um valor de uso, que pode ser realizada no uso ou no consumo humano. Compreendemos que o valor do uso é o conteúdo material da riqueza , seja qual for a formação social em que se viva. Desde que o homem passou a transformar a natureza, por sua ação consciente, se produz à medida que seus habitantes trabalhavam , produzia-se valores de uso como machados, flechas, etc. Portanto, uma coisa pode ser útil e tornar-se produto do trabalho humano, sem ser mercadoria, como o trigo produzido pelos camponeses para os senhores feudais. O conteúdo material da riqueza social é portador do valor de troca (onde os valores de uso de uma espécie trocam-se contra valores de uso de outra espécie, numa relação que muda constantemente no tempo e no espaço). Além disso, Marx adverte que como valores de uso as mercadorias são, antes de qualquer coisa, de diferente qualidade, como valores de troca só podem ser qualidade diferente. As mercadorias são produtos do trabalho humano, exercidos através do cérebro, nervos, mãos e sentidos do homem. A grandeza do valor contido nas mercadorias é medida pelo quantum de trabalho, que é a “substância constituidora de valor.” Portanto, o que gera valor é somente o trabalho, assim vemos que a descoberta do trabalho como fundamento da forma valor. Marx analisa o tempo de