O brincar
Conceituar ou definir cada um desses termos não é tarefa fácil, dentro de qualquer contexto, pois, para cada indivíduo tem um significado social em contextos diferentes.
Segundo o Dicionário Silveira Bueno, (Bueno, 2000, p. 129) a palavra Brinquedo é divertimento, folguedo, objeto com que se entretêm as crianças; Brincadeira é divertimento, gracejo; Jogo é brinquedo, folguedo, divertimento partida esportiva.
Pelas definições evidenciadas vê-se que, jogos, brinquedos e brincadeiras são termos que empregados com significados diferentes, terminam se tornando imprecisos, pois existe uma variedade de jogos conhecidos que podem ser considerados como brincadeiras e, muitas vezes um brinquedo também é utilizado com objeto de um jogo, de uma brincadeira.
Em todos os tempos, para todos os povos, os brinquedos evocam as mais sublimes lembranças e sensações. São objetos mágicos, que vão passando de geração a geração, como um encantamento, atingindo crianças e adultos.(VELASCO,1996)
Diferente do jogo, o brinquedo supõe uma relação intima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. O brinquedo contém sempre uma referência ao tempo de infância do adulto com representações vinculadas pela memória e imaginação, e assim, torna-se uma oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades.
Para Vygotsky (1994) citado por Huizinga (2005), o prazer não pode ser considerado a característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na verdade, preenche necessidades, entendem-se estas necessidades como motivos que impelem a criança à ação. São exatamente estas necessidades que fazem a criança avançar em seu desenvolvimento.
O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos,