o brasil na guerra
A guerra transformara-se numa guerra Mundial. Dispostos a interceptar as rotas de alimentos e matérias-primas para a Inglaterra e os Estados Unidos, os nazistas empreenderam uma campanha militar no atlântico destinada ao controle deste.
Conseqüentemente, essas operações militares, vez por outra, tinham como alvo embarcações de países neutros à guerra, como o Brasil. Não demorou muito para que a primeira embarcação brasileira fosse torpedeada, assim tornou-se quase costumeira os ataques aos navios mercantes brasileiros.
Aos dizeres do comandante J. B. Mascarenhas de Moraes: “(...) já em agosto de 1942 o número de navios mercantes nacionais torpedeados e afundados pelos submarinos nazi-fascistas beiravam uma dezena (...) exatamente nesta época a desfaçatez dos submersíveis eixistas, em repetidos e traiçoeiros ataques à marinha mercante, atingiu um clímax intolerável ao brio nacional, com o torpedeamento, no espaço de dois dias, de cinco vapores, a vista de nossas praias em requintes de inacreditável vileza” (MASCARENHAS DE
MORAES, 2002, p. 24-25). Estes ataques obrigaram o governo brasileiro a abandonar a neutralidade que vinha mantendo.
Durante a II Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos, realizada no Rio de Janeiro, em janeiro de 1942, foi anunciado o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com a
Alemanha, a Itália e o Japão.
No dia 22 de agosto, Getúlio Vargas reuniu o ministério e declarou estado de beligerância. Foi iniciada uma mobilização geral e foram tomadas providências para o aumento da produção agrícola e da indústria extrativa de matérias primas estratégicas (SILVEIRA, 2001).
Apesar de oficialmente neutro na refrega, o Brasil já se inclinara para o lado dos Aliados desde 1941, quando o chefe da República abriu espaço para bases aéreas e navais no Nordeste brasileiro.
A contribuição militar inicial não se limitou ao fornecimento das bases aéreas e