O Brasil na Guerra das Malvinas
A Grã-Bretanha e a Argentina travam disputa pelas ilhas Malvinas, situadas nas águas do país sul-americano, desde 1833. A disputa histórica geraria um conflito armado entre os dois países em 1982, quando a Argentina invadiu e retomou o território das ilhas Malvinas, Falklands para os ingleses, eclodindo a Guerra das Malvinas. Na ocasião, o Brasil se manteve neutro, mas conviveu sob o clima de guerra em seu continente durante 74 dias.
Historicamente, o Brasil já havia reconhecido a posse das ilhas sob o governo argentino desde 1833, quando a região havia sido tomada pela marinha inglesa. Desde aquela época, o Brasil defendia o uso da diplomacia para a superação do conflito.
Durante a guerra de 1982, na qual a Argentina sairia derrotada, o Brasil era presidido por João Baptista de Oliveira Figueiredo, o seu governo não tinha a intenção de prejudicar suas relações com a vizinha argentina, por outro lado, não poderia perder parcerias sociopolíticas com o Reino Unido, um dos principais credores do nosso país na época. Outra questão, a guerra estava acontecendo em tempos de Guerra Fria, e o Brasil era parceiro dos EUA e da Europa capitalista.
Porém, apesar da imparcialidade, recentes documentos revelados trinta anos depois da guerra, denunciam que o Brasil favoreceu a vizinha Argentina na logística de armamentos. Os documentos foram publicado pela imprensa brasileira e revelam que o Brasil cedeu o aeroporto de Recife para receber escalas de aviões que levavam mísseis da Líbia para a Argentina.
O envio de armamentos para a Argentina teria o apoio da URSS e de Cuba que, na época, estavam próximos do regime militar argentino na Guerra das Malvinas. O bloco soviético tinha o interesse de assistir a derrota dos ingleses por serem aliados diretos dos EUA. Outro fato foi o do voo clandestino de um avião cubano no espaço aéreo brasileiro, a aeronave levava materiais de guerra e ajuda da URSS para Buenos Aires, mas foi interceptada pela