O “bom professor” e as relações afetivas
Elen Nunes Sampaio*
A ESCOLA "Escola é... o lugar onde se faz amigos não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, O coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se ‘amarrar nela’! Ora , é lógico... numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz." (Paulo Freire)
RESUMO O presente estudo procura traçar o perfil do “bom professor” a partir da análise reflexiva do filme “A Turma” do francês Laurent Cantet, tendo em vista as suas relações afetivas com seus pares. Palavras-chave: Relacionamento. O Bom Professor. Filme “A Turma”
O bom professor não nasce feito. A vocação é até importante, mas é no decorrer de sua carreira que este profissional vai se formando, de acordo com as experiências obtidas ao longo de sua vida. A forma como recebeu influências de seus professores, leva este profissional a espelhar-se no antigo mestre e tentar estabelecer sua prática tal como foi submetido no passado. Afinal, quem não se lembra de algum mestre que tenha marcado sua vida? Dessa forma, essa é nossa primeira referência, e que pode ser dissolvida ou reforçada, de acordo com as práticas desenvolvidas em sala de aula.
* Mestranda em Supervisão e Formação de Professores pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias , Portugal. Especialista em Língua Portuguesa pela