Uma ferramenta de produção pecuária ambientalmente correta
Diante do novo cenário da pecuária moderna, a palavra de ordem é conciliar produtividade com sustentabilidade, produzir mais, porém com menor consumo dos recursos naturais. O uso de biotécnicas reprodutivas, como a Inseminação Artificial em Tempo Fixo, tornou-se uma ferramenta indispensável e mostrou-se altamente eficiente para melhoria dos índices de produtividade de uma propriedade. Hoje o Brasil se destaca como um dos principais “players” para coordenar esta nova tendência mundial, pois reúne todas as condições necessárias para ser a principal fonte de alimento para o mundo, porém, há muito para ser feito. Atualmente o intervalo entre partos observado no Brasil é de 18 meses. Isso se deve ao fato de os animais apresentarem alta incidência de anestro pós-parto, que é um período no qual o animal não apresenta atividade reprodutiva, muitas vezes influenciada pela baixa qualidade nutricional que o mesmo se encontra, associada à demanda energética do bezerro. Esse intervalo entre partos aumentado faz com que a taxa de desmama (número de bezerros desmamados em relação ao número de matrizes em fase reprodutiva) no Brasil seja de aproximadamente 65% (46,5 milhões de bezerros produzidos e 70 milhões de fêmeas acima de 2 anos; Anualpec, 2009). O objetivo da inseminação em tempo fixo (IATF) é diminuir o intervalo entre partos (o ideal seria de 12 meses) e dessa forma aumentar a eficiência produtiva e reprodutiva da pecuária. Assim, seria possível aumentar a produção de carne e leite na mesma área que já é destinada para essa finalidade, ou ainda, manter a produção em uma área menor. A IATF consiste numa série de tratamentos farmacológicos que mimetizam a fisiologia das próprias vacas. Dessa forma, pode-se inferir que os tratamentos para a realização da Inseminação em tempo fixo não alteram a fisiologia reprodutiva das vacas. O efeito se dá pela suplementação do hormônio correto no