Cadeia de suprimentos
TROMBETAS (TRECHO SANTARÉM-ORIXIMINÁ)
- RESUMO
A pecuária de corte ocupa vastas extensões das várzeas do Médio Amazonas (eixo Santarém/Oriximiná) como consequência da rápida expansão desta atividade no Estado do Pará. O fato apresenta sérias consequências para o frágil ecossistema como também altera todo tipo de solidariedade existente nestas comunidades, na medida em que a pecuária raramente poderá estimular o trabalho comunitário voluntário, priorizado pelos grupos locais, como o "mutirão". Assim, observa-se que as várzeas estão acompanhando a expansão da pecuária pela Amazônia e sofrendo as implicações sociais e ambientais desta atividade. A comprovação desta expansão é observada pela presença de pecuaristas gaúchos em Oriximiná, que vendem suas terras no sul do país e adquirem fazendas na região, ampliando seus domínios e contribuindo para o agravamento dos problemas sociais e ambientais locais.
- PORTO DE SANTARÉM
A modernização do porto de Santarém foi realizada a partir de 1976, em virtude da dificuldade do porto de Belém em relação às marés, pois nessa localidade não há restrições de calado. Aliado a este fato o regime militar, do ponto de vista estratégico, privilegiou a instalação destes terminais como distribuidores das cargas provenientes do Centro-Oeste, particularmente, do Mato Grosso. A localização do porto enfrenta dificuldades, pois qualquer tipo de vazamento acaba afetando o núcleo urbano, condição agravada pela inexistência de estações de tratamento de esgoto. O porto sofreu uma grave crise energética no período de 1990 – 94, que só foi atenuada com a construção de Tucuruí. Para realizar esta operação o governo privatizou as Centrais Elétricas do Pará, angariando recursos para a construção do “linhão” de Tucuruí, concluída em 2000.
A partir desta época a Cia Docas do Pará decidiu realizar algumas licitações para utilização de terminais, sendo que somente a Cargil, através de um