O conjunto dos órgãos administrativos que dirigem um país e, especialmente, o órgão supremo que orienta todos os outros subordinados, pode ser uma pessoa e seus auxiliares, os ministros, nos países monárquicos e presidenciais, ou um órgão colegiado, o Gabinete ou Ministério, nos países parlamentaristas. A forma e funcionamento do governo não dependem de normas administração pública, mas do regime político adotado. Segundo Ramayana (2007, p. 3), “[...] em qualquer grupo ou coletividade, as decisões que implicam a manifestação dos interesses primordiais não conseguem ser ratificadas e aprovadas por todos os integrantes da sociedade” e, por isso mesmo as sociedades mais primitivas tinham uma forma de escolher seus governantes. O anseio por um bom governo é uma busca milenar e, ainda, inúmeras pessoas se debruçam na procura da concretização deste anseio e, muitas vezes de uma forma obstinada, compulsiva e até mesmo romântica. Segundo Lembo (2007), “procuram-se os atributos de um bom governo. Um governo capaz de conferir à coletividade liberdade, bem estar, segurança e futuro. Um governo onde os administradores saibam suas obrigações e preservem a legalidade”. Durante a primeira metade do século XX, as instituições parlamentares entraram em crise e, uma das causas, é o permanente aumento das funções do Estado, inclusive sua intervenção nas atividades econômicas pouco compatíveis com os morosos debates parlamentares. Outro motivo dessa crise, é o surgimento de movimentos oposicionistas das massas operárias, onde as classes dominantes nem sempre estão dispostas a ceder as reinvindicações e, possivelmente, perder a maioria nos parlamentos. É sabido que as diferentes culturas possuem diferentes formas de pensar um bom governo. De acordo com as idéias de Costa (2006, p.899 apud LEMBO, 2007), Confúcio (551-479 a.C.) ensinou aos chineses que “se o homem justo existe, o governo é próspero, se o homem justo não existe, o bom governo está