o banquete

LIVRO I

No primeiro livro, Aristóteles dedica-se a virtude humana, que para ele são duas: as virtudes éticas e as virtudes dianoéticas.

Por ser o bem o fim de todas as coisas, os fins distantes das ações são os mais excelentes e os que devem ser procurados, em detrimento dos fins secundários.
Segundo Aristoteles : Toda arte e toda investigação, bem como toda ação e toda a escolha, visam a um bem qualquer; e por isso que o bem é aquilo a que as coisas tendem. Mas entre os fins observa-se uma certa diversidade: alguns são atividades, outros são produtos distintos das atividades das quais resultam; e onde há fins distintos das ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes do que as últimas.
A ciência do bem com vistas ao homem é a Política.
Não se deve esperar de uma ciência precisão maior do que a admitida pelo assunto de que ela trata, o estudioso desta ciência deve ter vivido o bastante para haver adquirido esperiência.
Admite-se geralmente que, para o homem, o bem é a felicidade, mas há divergências quanto à natureza desta.
Aristóteles classificou a vida em três tipos : vida agradável, vida política e a vida comtemplativa (esta ultima consiste no prazer, nas honrarias e na riqueza ).
O bem não é certamente semelhante às coisas que somente por acaso têm o mesmo nome.
O bem deve ser algo final e auto-suficiente; definição da felicidade considerando a função própria do homem.
Esta definição é confirmada pelos conceitos vigentes acerca da felicidade.
Pode-se aprender a ser feliz ? Ou se chega à felicidade pelo habito ? Ou ela é proporcionada por alguma divindade, ou pela sorte?
A excelência é louvável, mas a felicidade está acima de qualquer louvor.
A divisão das faculdades do homem, e consequente divisão da excelência em intelectual e moral.
Por virtudes éticas entende-se aquelas que nascem do hábito e as virtudes dianoéticas são aquelas que decorrem da inteligência e podem ser desenvolvidas por um