banquete
Curso de Odontologia
Fichamento da obra
“O Banquete”
João Paulo Rodrigues Coutinho Braga de Oliveira
São Luís
2014
Introdução
A história se dá pela narração de Apolorodo, que descreve ao seu amigo o convite que Sócrates fez a Aristodemo, para que o mesmo lhe acompanhe até um “banquete” na casa de Agaton. Como mostra a seguinte passagem:
‘’...Faz dias, caro Apolodoro, que te procuro com a intenção de saber de ti quais foram os discursos que sobre o amor pronuciaram Sócrates, Alcibíades e e outros , naquela reunião de Agáton.’’(Platão,p.95,1999)
Análise dos discursos
O Banquete tem lugar certo e público identificável: ocorreu na casa de Agatón, discípulo de Sócrates. Nesse local discursaram sobre o amor e sobre a amizade (philia), esses dois, além de Fedro, Pausânias, Erixímaco (o médico) e Aristófanes (o poeta).
É sugerido por Erixímaco que, como maneira de controlar a bebedeira, se iniciasse o simpósio com o Amor como temática, pedindo que cada um dos convidados exponha o que sabe sobre Eros. Esse participante ainda cita Fedro, que condena o ofício dos poetas por esquecer o deus em questão. Ao findar da proclamação dos discursos, Sócrates é o último a falar.
‘Não é um fato revoltante, caro Erixímaco, que em honra a vários deuses sejam compostos hinos e entoados cantos, e que nenhum dos poetas haja feito um poema em louvor de Eros- de Eros, deus esplêndido e mestre ilustre?’... A minha proposta, portanto, é a seguinte: que cada um de nós, reclinados ao redor da mesa, a começar pela direita, pronuncie um discurso em louvor de Eros. (Platão, p.102, 1999)
O primeiro dos participantes a elaborar seu discurso acerca do Amor é Fedro. Ele inicia sua fala afirmando que o Amor era um grande deus admirado pelos homens e pelos deuses. A sua retórica, por sua vez, diz que o Amor é o mais antigo e honroso entre os deuses, tendo em vista que “genitores do Amor não os há”.