O BAILE
O diretor, Ettore Scola adaptou-o de uma montagem já feita pelo "Théatre du Campagnol", em Paris, mas procurou inovar com um filme sem diálogos, voltado ao foco do espectador, as principais e mais importantes características.
Para melhor compreender os seus diversos temas, Ettore ainda conseguiu dar vida à cento e quarenta personagens, os quais foram interpretados por apenas vinte e cinco atores, existindo neles a caracterização adequada a cada período narrado no filme. Todos esses períodos, são épocas em que grandes acontecimentos marcaram a história de Paris, desde 1930 à 1983.
Como uma espécie de linha do tempo, a estória inicia-se em 1983 em um grande salão de baile, com homens e mulheres de trajes e caracteres variados, ao som de uma famosa baladinha, ou diríamos, as típicas discotecas dos anos 80. Desde então, retrocede à 1930, expondo no decorrer do filme, fatos históricos relevantes, como por exemplo a vitória da frente popular, a 2° guerra mundial, a ocupação nazista, a libertação da França, a chegada do ritmo do Rock'n Roll e seus estudantes rebeldes.
Há também uma sequência de "gags" realçando o humor do filme, além de diversas passagens em que aparecem frases escritas em faixas, nas paredes e espelhos, usadas por populistas da época.
Ao final, retornamos à 1983 com o término do baile.
O filme teve sua estréia mundial em 21 de dezembro de 1983 em Paris, obtendo vários prêmios em apenas um ano. Tais como: Oscar (1984), Festival de Berlim (1984), Prêmio César (França - 1984) e David di Donatello (Itália - 1984).
Com 110 minutos de duração, é mais uma, senão a melhor, criação de Ettore Scola em todos os anos de seu