O ABISMO ENTRE POBRES E RICOS TEXTO DE APRESENTA O
De março de 2009 a março de 2014, exatamente o período considerado mais crítico, depois da bancarrota do Lehman Brothers, o número de bilionários do planeta dobrou: eram 793 no começo do furacão e agora somam 1.645. Os 85 mais ricos entre eles, no mesmo período, incrementaram seus capitais em 668 milhões de dólares a cada dia e sua renda equivale àquela de metade da população mundial, 3,5 bilhões de outros seres humanos. Recente estudo sobre a desigualdade no mundo, publicado pela Oxfam, rede internacional de 19 ONGs que combatem a pobreza.
O abismo entre ricos e pobres nas últimas três décadas, demonstra a pesquisa, tem clara correlação com a baixa mobilidade social. Em outros termos, nos países em que o fenômeno é mais acentuado, quem nasce rico fica rico, quem nasce pobre não tem alternativa além de permanecer pobre. A esperança de uma vida melhor, na evolução entre pais e filhos, é banida do horizonte de bilhões de seres humanos.
Com base em dados de 2013, 7 de cada 10 habitantes do mundo vivem em países em que a desigualdade econômica é maior do que há 30 anos.
“Desde 1960, os países em desenvolvimento diminuíram pela metade a taxa de mortalidade infantil, reduziram em um terço a desnutrição e aumentaram em um quarto o número de crianças [matriculadas] em escolas.” No entanto, a mesma fonte admite que, apesar desse progresso, a pobreza mundial “continua a se alastrar”.
Cerca de 840 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento vivem hoje constantemente com fome, bem mais de um bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e quase 1,5 bilhão de pessoas mal subsistem com menos de US$ 1,00 por dia.
AS CLASSES SOCIAIS
As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os indivíduos.
As desigualdades são vistas como coisas absolutamente normais, como algo sem relação com produção no convívio na sociedade, mas