“Pobreza” uma visão a partir de amartya sen e josé de souza martins
UMA VISÃO A PARTIR DE AMARTYA SEN E JOSÉ DE SOUZA MARTINS
Catarina Marafiga da Rocha[1]
Partindo da análise do capítulo lV “Pobreza como privação das capacidades”de Amartya Sen e dos textos de José de Souza Martins,”Exclusão social e a nova desigualdade”, “A sociedade vista do abismo”e “Mercado e democracia: a relação perversa” pode-se fazer uma comparação com relação a “Pobreza” em ambas concepções. A pobreza para Amartya Sem, não é simplesmente a falta ou poucos rendimentos dos indivíduos, e sim a privação de suas potencialidades. Estando estas variações dependentes de outros fatores como: papéis sociais, idade, localização da moradia, entre outros. Sendo assim nem sempre indivíduos que vivem em países considerados ricos, que possuem rendimentos maiores que moradores de países considerados pobres, possuem mais liberdade, já que “ser pobre me um país rico pode ser uma grande desvantagem em capacidade, mesmo quando a renda absoluta da pessoa é mais elevada pelos padrões mundiais.” ( 2000, p.111) Sen apresenta os seguintes argumentos em favor da pobreza como privação das capacidades: 1 – concentra-se em privações que são intrinsecamente importantes; 2 – existem outras influências sobre a privação de capacidades além da renda; 3 – a relação instrumental entre baixa capacidade é variável entre comunidades e até mesmo entre famílias e indivíduos, no que se refere às razões para variações condicionais, é enfatizado pó Sen: a) a relação entre renda e capacidade, que seria afetada pela idade da pessoa, pelos papéis sociais, pela localização, pelas condições epistemológicas e por outras variações sobre as quais a pessoa pode não ter controle apenas limitado; b) a possibilidade de um certo “acoplamento” de desvantagens como idade, incapacidade ou doença reduzem o potencial do indivíduo para receber renda, tornando cada vez mais difícil converter renda em capacidade; c) a distribuição dentro da