I. resenha do livro: a sedução do discurso
CHALITA, Gabriel. A Sedução no Discurso: O poder da linguagem nos tribunais de júri. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
Por meio de exemplos, obras cinematográfica, hipóteses e vida real, esta obra retrata da essência e a importância da retórica como principal arma de sedução, diante de uma realidade quase teatral que o júri estimula, apresenta a união de conceitos outrora tão debatidos e massacrados pela lógica, com uma nova roupagem, pois neste livro, o autor, introduz a responsabilidade e a beleza da produção de um bom argumento diante de um julgamento que recebe em seu teor a tensão da decisão de destinos. Preceitos da semiótica, construção de postura específica para a atração e sedução, aliada a gestos que funcionam como ferramenta de atenção e persuasão, de linguagem fina unida a uma mais simplificada, carregada de observações de aceitação e maestria de sucesso, pois mais que provas lógicas, testemunhas e objetos que determine o sucesso de uma das partes, surge à finalidade do argumento, que é importar a mente das pessoas quase de forma inconsciente para o mundo de detalhes abordados pelo operador de direito, alicerçado a uma boa retórica que trás a lógica jurídica para próximo da realidade do júri, encantando-os com a arte do “falar bem”, pois o domínio da situações muitas das vezes não esta em monopólio das provas, mais na construção de uma linha agradável, admirável e surpreendente do tribunal, seja ela na defesa ou na acusação. Os erros surgem, muitos são superados quando percebidos a tempo de driblar os excessos, outros acabam caindo por terra por não saberem debater, os erros são admissíveis, porém como já foi dito, os excessos na retórica prejudica, saber fazer debate implica em ser um ótimo analista do meio que o cerca, em seus mínimos detalhes, e conseguir ser o principal alvo no momento da apresentação, sem sensacionalismo, porem com segurança, para que a atenção seja prendida somente naquilo que se precisa focar, ou seja, sua defesa ou