Sobre movimentos literários do século XIX

Qual era o bem? Qual era o mal?
Ora, aqui fica uma incógnita de que eu gostaria de conhecer a definição, dada pelos sábios da Terra, onde também tive pretensões de saber alguma coisa!...
Eça de Queiroz

Resenha: Neste poema Eça de Queiroz escreve sobre um dilema em que várias pessoas passam na vida, de que forma ser. Sempre que quisermos ser de um jeito, vamos ter que deixar de ser de outro jeito. E no poema esse dilema gira em torno do diamante que não sabe se escolhe pela lapidação “dolorosa”, ou se fica em sua forma vulgar sem “sofrer”.

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá

Minha terra tem primores,
Que tais não encontros eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá”. Gonçalves Dias

Resenha: O poema ao mesmo tempo em que engrandece o Brasil, fala da figura do sabiá que é a ave que representa o Brasil, além de falar da típica natureza brasileira, e é justamente por ela ser típica que o poeta escreve sobre sua beleza, que tem aspectos onde não se encontra em outros países. Este poema é o ícone nacionalista do romantismo brasileiro, além de ser um dos mais conhecidos pelos leitores brasileiros. Além disso, ela se torna tão admirável que acaba influenciando o hino nacional brasileiro onde dois trechos do poema são citados: “Nossos bosques tem mais vida” e “Nossa vida” no teu seio “mais amores”.

Ao dia Sete de Setembro
Mancebos, que sois a esperança
Do majestoso Brasil;
Mancebos, que inda tão tenros
Sabeis de louro gentil
Adornar o pátrio dia,
Nosso dia senhoril!

Eis que assomou sobre os montes
Além, sobre a antiga serra,
Entre mil nuvens de rosa,
O dia de nossa terra;