Slogan
artigo
O slogan: persuasão e fim da experiência
Roselany de Holanda Duarte* – UERN / CAMEAN
RESUMO
Este artigo analisa o slogan, enfatizando suas características, modos de persuasão e relação com o fim da experiência. Busca argumentar que o slogan, como modo de persuasão que funde o estético e emotivo, é o sintoma do fim da experiência, substituto do provérbio na sociedade industrial capitalista.
Palavras-chave: Slogan. Persuasão. Experiência. Provérbio.
ABSTRACT
This article examines the slogan, emphasizing their characteristics, modes of persuasion and respect for the fall of the experience. Search a rgue that the slogan, as a mode of persuasion that merges the aesthetic and emotional, is the symptom of the end of the experiment, saying the replacement of the industrial society.
Keywords: Slogan. Persuasion. Experience. Proverb.
INTRODUÇÃO
Este artigo constitui um estudo do funcionamento discurso e persuasório do slogan bem como de seu lugar no processo de fim da experiência na sociedade capitalista tal como descrito por Walter Benjamin.
Como texto do gênero publicitário, o slogan destina-se a convencer e a persuadir o público. Sua construção compreende uma persuasão fundada numa retórica do texto e da imagem de base essencialmente emotiva (para evitar a análise crítica) e estética (pelo trabalho esmerado na camada significante). Quanto ao fator emotivo, afirma Olivier Reboul (1986, p. 2) que o traço característico comum aos slogans é “fazer as pessoas agirem sem que possam discernir a força que as impele”, “... seu traço característico é impedir a reflexão”. Quanto à base estética, afirma Nelly de Carvalho (2002) que a
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[revista dEsEnrEdoS - ISSN 2175-3903 - ano I - número 2 - teresina - piauí – setembro/outubro de 2009]
publicidade (não só o slogan) adota procedimentos de vanguarda já testados em outras áreas,