I Don't No

as posturas e os insights
Por Marcela Zamariolli
Durante sua prática de Yoga já notou o quanto os asanas (posturas) te dão dica de como agir, de como ser no dia a dia? Não se tratam apenas de uma permanência física, que envolve a inteligência corporal para distribuir força ou melhorar sua flexibilidade. Vai além. Tocamos o que temos de mais sutil, nossas emoções, sensações e sentimentos.
Quando, por exemplo, praticamos tadasana (postura da montanha), percebemos a necessidade de termos bases solidas, estáveis. Encontramos nosso centro, o Ser equânime e, ao exemplo da montanha, procuramos manter o mesmo estado de consciência nos dias "de forte chuva e vendaval como em um lindo dia de sol".
Kakasana (postura do corvo), como todos os asanas de equilíbrio sobre as mãos, nos ensina o quanto precisamos ser corajosos para alçarmos voo a partir de nossos medos. Precisamos libertar-nos dos pesados fardos que carregamos no dia a dia e assim ficarmos leves para planarmos no firmamento.
Paschimottanasana (postura da pinça), desperta a humildade. Curvar-se perante os outros e aceitá-los do jeito que são, assim como devemos nos aceitar. Esta é a verdadeira flexibilidade.
A invertidas são a mudança de perspectiva. Enxergar a vida, as pessoas, as situações de uma nova maneira que nunca havíamos pensado antes. Ah, quanta alegria nos dá!
E, ao contrário do que pensamos, os asanas mais difíceis não são o que exigem mais força, equilíbrio ou flexibilidade; são os que nos pedem entrega. O grande asana, é savasana (postura do cadáver). Não é apenas um relaxamento, é uma morte em vida. É deixar ir. Nele praticamos Isvara pranidhana, total entrega e confiança nos desígnios do Universo, ou Deus se assim prefere chamar.
Não para por aqui. Os insights não são apenas em relação a asanas específicos, mas como os executamos. Será que exijo demais de mim mesmo, ou será que não tenho motivação em prosperar? Me entrego quando preciso? Estou receptiva e aberta as novas energias e