ENTENDENDO A CONFIGURAÇÃO SOCIAL DA MULHER NA LÓGICA PATRIARCAL
Ana Paula Rodrigues de Souza anarodriso@hotmail.com Sirlei de Freitas Oliveira sirleioliveira@hotmail.com Tânia Marli Peçanha de Brito taniam.brito@hotmail.com RESUMO: O referente artigo propõe compreender o papel de destaque da mulher dentro da estrutura das primeiras sociedades e como ao passar dos tempos foram consideradas seres hereges por sua sexualidade. Para desenvolver o tema proposto buscamos orientações em textos e bibliografias organizadas e nos Autos do Santo Ofício que fazem parte do acervo da Biblioteca Nacional da Torre do Tombo.
Palavras – chave: Mulheres, Primeiras Sociedades, Sexualidade.
1. INTRODUÇÃO
As mulheres desde a mais remota antiguidade eram curadoras populares, as parteiras, detinham consigo um saber próprio que lhes foram transmitidas de geração em geração. É na Idade Média que esse saber se aprofunda e se intensifica, já que as mulheres camponesas pobres não tinham como cuidar da saúde a não ser através de outras mulheres tão pobres e camponesas como elas, essas mulheres cultivavam ervas que devolviam a saúde eram as anatomistas e as médicas do seu tempo. Mais tarde essas mulheres vão representar uma ameaça para a religião Católica, através das organizações de confrarias, nas quais trocavam entre si os segredos da cura do corpo e muitas vezes da alma.
2. MULHER E SEU PAPEL SOCIAL
Nos levantamentos dos processos do Santo Ofício catalogados pelo Instituto do Arquivo Nacional de Lisboa, que tem a guarda do Acervo da Torre do Tombo em Lisboa, tem-se como grande maioria as mulheres nos autos de acusações, visando compreender esse indício buscamos verificar a importância da mulher no interior da história humana em geral.
Segundo Muraro alguns antropólogos afirmam que nas culturas primitivas de coleta e de caça aos pequenos animais, não havia a necessidade de força física para a sobrevivência, e nestas sociedades as mulheres possuíam um