Fichamento Crep sculo Antropol gico

SILVA, Vanderlam Francisco da. Crepúsculo antropológico – Mossoró: Fundação Vingt - um Rosado, 2009.
Capítulo 1
“O importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz com o que fizeram dele”.
Sartre
Em Busca da Essência Humana Buscando perceber a essência do gênero humano, Rousseau e Hobbes procuraram construir conceitos universais de homem. Para encontrar essa essência, segundo Rousseau, seria necessário despojar o home, tanto quanto possível, de tudo aquilo que era atributo da sociedade e vislumbrá-lo em seu estado de natureza mais singelo. Nesse estado primitivo seria possível encontrar a essência de um ser movido apenas pelas necessidades físicas naturais e tudo de que necessitava lhe era garantido pela própria natureza.
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[...] o aumento demográfica teria obrigado cada vez mais o homem a trabalhar para saciar suas necessidades: o clima frio em algumas regiões, ou as secas, o teria forçado a implementar novas atividade que acabaram por se tornar necessárias . Destarte, quando não eram realizadas, geravam frustação e sentimento de perda, sem mesmo terem sido possuídas. Aliás, como podemos observar, Rousseau atribui ao surgimento da propriedade privada o advento da vida civil e da própria cultura:
“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeira que, tendo cercado um terreno, lembrando-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acredita-lo” (Idem, 1988:63)
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Reconstruindo a Identidade
Ora, Laplantine (Op. Cit., 1991:40)
‘“Extrema diversidade das sociedades humanas raramente apareceu aos homens como um fato, e sim como uma aberração exigindo uma justificação.” A resposta no nosso caso é dúbia, de um lado, Hobbes, encarando o outro (selvagem, natural) como ser triste, miserável, cruel e asco; um indivíduo soberbo, vaidoso, de hábitos sexuais orgíacos. Do outro lado, Rousseau, que descreve o homem em seu estado natural feliz, em paz com a natureza, anda nu, mas não é depravado. O civilizado, ao contrário do