Ciencias Humanas Uniseb
As bases do pensamento social brasileiro
Introdução a noção de identidade nacional tem origem na era moderna quando a própria concepção de ação passa a ser definida. De maneira geral, o conceito faz referência ao conjunto de símbolos, traços, idioma, monumentos e outros fatores que fazem com que os indivíduos se sintam integrados ao grupo; que possuam a noção de “pertencimento” a uma determinada sociedade. As teorias deterministas pautaram parte das discussões no final do século XIX e início do século XX. Seu princípio fundamentava-se na ideia de que era possível determinar o desenvolvimento de uma nação a partir da noção de raça e/ou clima, desconsiderando os fatores culturais, econômicos e políticos. Essa teoria foi fortemente contestada nas décadas seguintes, tornando-se pouco influente nas discussões e pesquisas sociais realizadas posteriormente.
A década de 30 o país vivenciava, na política e na economia, a era Vargas e a consolidação das leis e direitos trabalhistas, impulsionado pelo crescimento acelerado da urbanização, da industrialização e da classe operária. é no campo intelectual e cultural que se dá a verdadeira revolução em relação aos períodos anteriores de nossa história, impulsionada pelos ensaios, livros e pesquisas de intelectuais como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda que viriam a se tornar as principais referências no entendimento da formação de nossa nação e da cultura brasileira. Os anos 30 presenciaram a transformação da cultura mestiça em expressão oficial da nação e foi o período marcado pelo surgimento de livros como Casa-Grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre, que trazia à tona a discussão acerca da cidadania a partir da noção de heterogeneidade, inaugurando na literatura brasileira uma forma de escrever voltada para o íntimo da sociedade. O conceito de cultura aparece na obra de Freyre como o índice de análise definindo significativa a abordagem do autor em torno das questões raciais. Já