E N S Desejamos Prosseguir
Este é um dos trechos que mais me impressionam no Escrito Amor Esponsal! Ao lê-lo, meio que sem perceber, minha imaginação – fascinada – começa a voar longe…
Percebo-me, de repente, pensando nos incontáveis homens e mulheres, santos e santas, que se deixaram inflamar completamente pela caridade do Cristo-Esposo ao longo da História; na multidão de cristãos que foram abrasados pelo fogo do Seu Coração; nos muitos mártires que, sabendo-se profundamente amados por Deus, não hesitaram diante da morte e tornaram-se espelhos deste mesmo Amor que gratuitamente receberam.
Penso, com uma grata empolgação, nas tantas e tantas vidas ofertadas, em tempos e lugares diferentes, que testemunharam em uníssono que o Amor de Cristo impele a uma “entrega total”. Pessoas de carne e osso, bem frágeis, bem humanas. Sacerdotes, religiosos, casados, casais, jovens, adolescentes, crianças… Sim, crianças! Teresas: em Ávila e Lisieux, nos Andes e em Calcutá. Franciscos: de Sales, Xavier e o Pobrezinho de Assis. João: o discípulo amado, o Bosco, o Vianney e o da Cruz. Inácios, Domingos, Pedros, Paulos, Marias! José, Gianna, Agostinho, Tomás, Cecília, Catarina, Bento, Clara, Luís, Pio, Karol… Tantos! Pessoas que, amadas de verdade, amaram de verdade.
Estes santos – atraídos e arrastados pela experiência do Amor de Cristo – caminharam, correram! Estes mártires, sim, entregaram-se livremente à morte por causa do Evangelho. E nós? Tão intensamente “amados pelo Amor”, assim como o foram os santos e os mártires, que resposta poderíamos dar?
Também nós desejamos prosseguir. Eis enfim, repleta de esperança, a nossa resposta. Imensamente amados por Deus, assim como aqueles que nos precederam, não conseguimos concluir outra coisa. O que nos cabe é também corresponder a este Amor com uma generosa oferta da nossa existência.
Brota irresistivelmente em nós, unida à nossa resposta de amor ao Amor, uma pergunta, uma “indagação fundamental”, própria de quem se vê desposado