Sa De Mental
Sabemos que os transtornos mentais estão cada vez mais prevalentes. Na conjuntura atual, a banalização do consumo de drogas, o aumento da violência e a desigualdade social geram uma situação de risco para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. Na minha área de atuação, não é diferente. O número de atendimentos de pacientes com depressão, ansiedade e transtornos psicóticos são consideráveis. Como a demanda desses casos psiquiátricos é grande, o uso indiscriminado de psicofármacos é notório, já que, para a maioria dos usuários, não existe um acompanhamento longitudinal e programado.
Em nossa ESF, fazemos (enfermeira e médico) uma triagem e uma estratificação de risco, identificando os principais sintomas e tentando fazer um diagnóstico preliminar, obedecendo uma visão psicossocial dos transtornos mentais. Pacientes com risco baixo, tentamos orientá-los e atendê-los de forma programada, sem fármacos, e em conjunto com o NASF. Se o resultado for satisfatório, mantém-se o paciente no próprio posto. Se o paciente apresentar alto risco, iniciamos terapia medicamentosa e encaminhamos para o CAPS. Solicitamos que os pacientes aí atendidos, retornem ao posto com a contra-referência para elucidação do caso e seguimento e, se necessário, realizarmos visitas domiciliares para compreensão da realidade, identificando situações de risco, entendendo sua rede social e situação sócio-econômica,