C&A: Estudo de Caso
Ao passo que ganhou espaço no mercado interno, a C&A se consolidou enquanto empresa prestadora de serviços, com caráter intangível enquanto marca, tendo em vista a ênfase que aplicaram no aspecto promocional. A promoção é fator marcante na história estratégica da C&A, que para sustentar seu status de alto índice de divulgação por meio de propagandas, investiu e criou sua própria agência, a AVANTI. Aliado ao método escolhido para propulsionar o negócio, os locais onde as lojas físicas foram estabelecidas também seguiram uma tendência de criação própria, de modo a utilizar o layout e disposição dos produtos dentro das lojas, o tipo de atendimento e caracterização dos funcionários, as conexões com as tendências do mundo da moda, tudo isso a serviço das necessidades do seu público-alvo inicial: o que conhecemos hoje como classes B e C. A partir desse método de distribuição (praça) é que podemos verificar o real motivo dos esforços da C&A serem recompensados com a expansão do negócio e com a conquista da fidelidade dos seus clientes.
O preço dos produtos de suas prateleiras pôde conferir, durante muitos anos, a manutenção do sucesso de suas campanhas de vendas em função do pleno atendimento aos anseios dos clientes, que buscavam seguir as tendências da moda, mas não podiam pagar pelo preço das grandes grifes mundiais. Essa linha de funcionamento garantiu a salvaguarda financeira da C&A até nos tempos de crises econômicas e altas da inflação no país. Com agregação do ator Sebastian à marca e o jargão “abuse e use”, encontramos a popularização das lojas e a sensação de segurança nas compras garantida