A vida no ciberespaço: onde estamos?
Vivemos um período em que a informação é um produto e quem não a tem, dentro de um mínimo esperado, está excluído do processo de evolução da sociedade mercadológica. Dentro dessa perspectiva, o homem do conhecimento possui as ferramentas para se destacar socialmente e economicamente, assim, o sujeito que lida com o universo econômico não pode se isentar dessa imprescindível ferramenta que é o conhecimento. Nisso, o capitalismo e a comunidade científica andam de mãos dadas, pois seus objetivos são idênticos: mais conhecer para ter mais poder e dinheiro; dinheiro e poder para conhecer mais e mais.
Nessa ótica, a comunidade científica, como a primeira comunidade virtual, é a grande produtora da inteligência coletiva, tornando-se, ela própria, algo de extrema relevância dentro do mercado. Foi ela ainda que ofertou ao mundo a grande rede – Internet –, transformando nosso espaço num grande universo a que podemos chamar de ciberespaço. No ciberespaço, em que a economia se transforma numa economia da informação, o homem que lida com o universo econômico precisa ser um homem também acadêmico ou do conhecimento.
Tudo isso fez com que o homem na atualidade viva em um grande espaço, em que são compartilhados saberes, conhecimentos, gerando riquezas para o sistema capitalista. O conhecimento se transforma em um grande capital e as universidades se transformam em empresas, que oferece o conhecimento, gerando riqueza a si próprias e ofertando aos estudantes a oportunidade de enriquecer. Então, conhecimento é hoje sinônimo de crescimento, também, econômico e não há, portanto, como fugir dessa realidade, seja qual for a sua área de atuação.
O professor, entre muitos outros profissionais, é um sujeito que precisa saber conviver com isso, para não se tornar um profissional obsoleto. Pois, àquele sujeito que era visto como o detentor do conhecimento e que reproduzia aos seus discentes, está fora da visão de mundo da atualidade, uma vez que, o