cibercultura
Revisor Textual: Profª Ms Alesandra Fabiana Cavalcante
CIBERCULTURA
CIBERCULTURA
Os avanços das tecnologias da informação e comunicação vêm causando mudanças significativas no modo de ser e perceber o mundo, nas relações sociais e culturais. Estamos de certa forma, vivenciando uma mudança paradigmática quanto ao modo de compreender e lidar com o conhecimento e com a realidade. As tecnologias possibilitaram a criação de
uma nova realidade, a realidade virtual.
CIBERCULTURA
Mas o que é Virtual?
A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez de virtu, força, potência. Na filosofia escolástica, é virtual o que existe em potência e não em ato. Segundo Lèvy (1996), o virtual tende a atualizar-se sem ter passado no entanto à concretização efetiva ou formal. O autor cita como exemplo a árvore que está virtualmente presente na semente. Em
termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real, mas ao atual: virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferente.
A virtualização é uma característica humana, que pode ser aplicada a qualquer área da vida, inclusive ao exercício profissional em benefício da qualidade da mediação com nosso sujeito interlocutor. O real, o possível, o atual e o virtual são quatro modos de ser diferentes que operam juntos em cada fenômeno concreto.
O quadro a seguir, extraído de Lèvy (1996), nos auxilia a compreender a relação entre estes quatro modos de ser.
Latente
Manifesto
Substância
Possível (insiste)
Real (subsiste)
Acontecimento
Virtual (existe)
Atual (acontece)
Fonte: Lèvy, 1996, p. 138
Essas maneiras de ser passam constantemente de uma para outra, formam juntas, uma espécie de dialética de quatro pólos. O possível e o real são ambos latentes, não manifestos, anunciam um futuro. Já o real e o atual, são patentes e manifestos, estão claramente presentes.
Em síntese, ao processo de atualização