A Vida no Berçário infância e Atividade
Introdução
Ao longo da vida infantil as mudanças se expressam no crescimento como ciclos de transformações que ora desenvolvem habilidades para a conquista do espaço, ora proporcionam por sua permanência no comportamento dos bebês, tempo e estabilidade suficientes para o estabelecimento de relações sociais e exploração do ambiente.
Para Freitas(2000) Vygotsky concebe o homem como um ser histórico e produto de um conjunto de relações sociais. Ele se pergunta como os fatores sociais podem modelar a mente e construir o psiquismo e a resposta que apresenta nasce de uma perspectiva semiológica, na qual o signo, como um produto social, tem uma função geradora e organizadora dos processos psicológicos. O autor considera que a consciência é engendrada no social, a partir das relações que os homens estabelecem entre si, por meio de uma atividade sígnica, portanto, pela mediação da linguagem. Os signos são os instrumentos que, agindo internamente no homem, provocam-lhe transformações internas, que o fazem passar de ser biológico a ser sócio-histórico. Para Vygotsky não existem signos internos, na consciência, que não tenham sido engendrados na trama ideológica semiótica da sociedade.
Embora imersos em uma cultura que privilegia o poder econômico e se regula por leis de mercado, mediados pelo Estado, é no seio da sociedade pós-moderna que as transformações sociais vêm colocar algumas questões para reflexão. A generalização do trabalho feminino; a partilha de responsabilidades pela educação e cuidado dos filhos, entre a sociedade e o Estado; as diferentes configurações familiares (famílias monoparentais e recompostas, casais homossexuais); as novas formas de exercício e vínculo de trabalho; a redução das taxas de fecundidade; as condições diversas da vida urbana; a necessidade dos adultos de um tempo para si, entre outros – têm conferido à Educação Infantil um papel importante na vida das crianças, desde muito pequenas, fazendo