Tráfico Negreiro
No século XVIII, o número do tráfico chegaria a 1.600 mil, exigidos pela mineração e pela lavoura de exportação (algodão e açúcar) e que dobraria na primeira metade do século XIX, com a lavoura cafeeira. Segundo Roberto Simonsen, até 1850, quando foi extinto o tráfico negreiro, foram trazidos para o Brasil, aproximadamente, 3.300 mil africanos.
O tráfico de Escravos
O tráfico negreiro na costa africana se dava de várias maneiras: poderiam ser adquiridos de mercadores muçulmanos ou diretamente de chefes africanos sempre dispostos a vender seus cativos e, até mesmo, seus súditos. Os portugueses também se valiam das desavenças entre grupos tribais, normalmente terminadas em lutas e, conseqüentemente, escravos, além da corrupção dos pais, que não hesitavam em vender seus próprios filhos. Nas trocas para a aquisição de escravos (escambo), usava-se como forma de pagamento desde a aguardente, tabaco e armas, até miçangas, quinquilharias e outras bugigangas. Nas viagens, a bordo dos navios negreiros (tumbeiros). perdiam-se aproximadamente 40% do total de "peças" embarcadas. Em alguns casos, chegavam a mais de 60%.
Cenas do tráfico negreiro retratadas no carnaval do Rio de Janeiro
Já na América, o negro era submetido à violência da escravidão capitalista, sem precedente na História da Humanidade, uma vez que, nesta, o trabalhador era simplesmente um objeto, uma peça (coisa ou res), ao contrário do escravismo praticado na Antiguidade.
Os sudaneses, caracterizados pela elevada estatura, foram introduzidos em grande número através do tráfico negreiro nos