A verdade e as formas jurídicas
Michel Foucault
O presente texto é uma resenha de um livro do importante filosofo Michel Foucault (1926-1984), intitulado “A verdade e as formas jurídicas”. Sua obra apresenta um pensamento polêmico para a época, sendo que rompe com a ideia de sociedade dependente dos poderes políticos. Ele discute a relação de verdade dentro dos métodos jurídicos, sendo que a verdade é apenas um consenso entre o poder e o saber, já que as formas jurídicas são definidas através do capital circulado.
Como diria o autor, as práticas sociais podem gerar novos tipos de saber que proporcionam formas novas de conhecimento. “O próprio sujeito de conhecimento tem uma história, a relação do sujeito com o objeto, ou, mais claramente, a própria verdade tem uma história” (FOUCAULT, 2005, p. 8). Portanto, existem duas verdades: uma produzida a partir de regulamentos da história científica, outra definida por diferentes termos, que formam a subjetividade e certos tipos de saber.
Segundo Foucault, o conhecimento foi inventado, ou seja, não tem origem. O conhecimento não faz parte da natureza humana, não é algo instintivo. A composição histórica de um ser capaz de conhecimento é obtida através de um discurso que seria um conjunto de estratégias, estas fazem parte das práticas sociais. As práticas judiciárias são originadas para que o homem e a verdade mereçam estudo. Foucault é inspirado pelo trabalho de Nietzsche para fazer seu estudo sobre o conhecimento:
“Em algum ponto perdido desde o universo, cujo clarão se estende a inúmeros sistemas solares, houve, uma vez, um astro sobre o qual animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o instante da maior mentira e da suprema arrogância da historia universal” (NIETZSCHE, 1873, p.13)
Após ler “A verdade e as formas jurídicas” é possível concluir que toda relação social esta vinculada com o poder. De acordo com a atualidade, supõe-se que os cargos judiciais não estão preocupados em fazer jus ao nome, mas a