A verdade e as formas juridicas

309 palavras 2 páginas
Uma das principais finalidades do livro A Verdade e as Formas Jurídicas é demonstrar as formas usadas para se obter a verdade nas diferentes situações históricas. Nesse sentido, Foucault entende as formas jurídicas como lugar de origem de um determinado número de formas de verdade.
Na primeira conferência Foucault afirma que seu objetivo é mostrar como se fez formar os domínios de saber a partir de práticas sociais. Para isso, propõe três eixos de pesquisa: A história dos domínios do saber em relação com as práticas sociais; A análise metodológica dos discursos como jogos estratégicos de ação e de reação e a reelaboração da teoria do sujeito. O autor pretende trabalhar com as formas jurídicas, expondo como certas formas de verdade podem ser definidas a partir da prática penal, pois o que chamamos de inquérito, por exemplo, é uma forma bem característica da verdade em nossas sociedades.
Foucault segue analisando alguns textos de Nietzsche para provar que o conhecimento foi inventado pelos homens e que, portanto, existem relações de poder até na história da verdade. Segundo ele a origem difere de invenção e tudo que foi inventado pelo homem tem como objetivo alguma forma de poder: a dominação de uns sobre os outros e o ideal e o próprio conhecimento não teriam origens metafísicas anteriores aos homens, mas teriam sido inventados por eles.
O conhecimento não é instintivo, é contra- instintivo, assim como ele não é natural, é contra- natural, ou seja, o conhecimento não faz parte da natureza humana, não é algo que diz respeito à essência do homem.
De acordo com Foucault, se desejarmos realmente “conhecer o conhecimento” não devemos nos aproximar dos filósofos, mas dos políticos, ou seja, devemos compreender quais são as relações de luta e de poder.
Portanto o conhecimento é sempre uma certa relação estratégica em que o homem se encontra

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