A variação linguistica e o ensino da língua materna
A VARIAÇÃO LINGUISTICA E O ENSINO DA LÍNGUA MATERNA
O autor inicia o texto falando sobre importância da inclusão do estudo da variação linguística na escola.
Travaglia baseia-se em autores como Halliday, McIntosh e Strevens (1974) por apresentarem o assunto de uma forma abrangente, clara e objetiva. Fundamentalmente temos dois tipos de variedade linguística: os dialetos e os registros.
A variação dialetal apresenta-se em seis dimensões: a territorial, a social, a de idade, a de sexo, a de geração e a de função.
A variação territorial ocorre devido a influências ocorridas durante a formação, as limitações geográficas, políticas e econômicas. Temos como exemplo a variação dialetal do português de Portugal e o do Brasil. A questão social é outro aspecto que interfere na variação dialetal, associando-se a este item o nível de escolaridade que também, de um modo, ou de outro, acaba influenciando na forma como se fala.
Nos dialetos na dimensão idade, percebe-se mais facilmente esta alteração de acordo com a faixa etária, assim como o sexo ao individuo (masculino ou feminino). Há ainda a variação dialetal de geração que, no entanto, não deve ser confundida com idade especificamente, pois aquela se refere ao contexto histórico e pode ser notada mais claramente em registros.
A forma como uma pessoa se dirige à outra também pode distinguir na variação dialetal em detrimento da função e do cargo que a mesma ocupa.
O autor também aborda as variações de registros e suas classificações em grau de Formalismo, Modo e Sintonia.
No grau de Formalismo tem-se a representação da escala de formalidade, apresentando um maior apuro normativo e estético no uso dos recursos da língua. O Modo é a contraposição da língua falada em relação à língua escrita. E a sintonia é o ajustamento de como o falante vai se dirigir ao interlocutor. Exemplo: a maneira como nos dirigimos a um amigo e diferentemente da que nos dirigimos a um reitor, prefeito, juiz. Portanto, percebe-se