A utopia de thomas morus
Na obra o autor apresenta um diálogo entre: ele próprio, o Bispo e um navegador Rafael Hitlodeu – ambos heterônimos –. O livro é dividido em livro primeiro e livro segundo. O livro primeiro: apresenta as personagens e suas histórias de vida, fala sobre a ilha de Utopia e sobre a Inglaterra. No livro segundo: vemos os dados geográficos da ilha, sua cultura e peculiaridades. A descrição é que a ilha de Utopia era um lugar com cidades idênticas, pessoas civilizadas sem a existência de propriedade privada, e dinheiro – na verdade o dinheiro‘estáter’ existia, mas só era usado para o pagamento de mercenários na proteção da ilha acaso fosse necessário –. Amaurota era a capital da ilha e cede do governo. O governo de Utopia era uma federação onde um conselho geral – magistrados ou como chamados lá sifograntes – que se reúne para a escolha do Ademos uma espécie de rei vitalício que pode ser deposto se for contra as leis de Utopia. O conselho geral é formado por três anciões de cada uma das 54 cidades-estado da ilha. Além disso, cada cidade tinha uma assembléia municipal formada por 200 sifograntes. Esta forma de governo tem idéias muito parecidas com o que viria se chamar de socialismo, um aspecto intrigante em More que propões idéias a frente de seu tempo: como o desapego ao ouro e as pedras preciosas em Utopia e a não existência de propriedade privada.
Todos os utopianos eram instruídos no exercício da razão, mas eram também educados em alguma função da agricultura. Os utopianos só trabalhavam 6 horas por dia, já que todos se preocupavam com o bem-estar e a saúde do trabalhador – mais um aspecto intrigante que More defende, já que ele é um homem do fim do séc. XV e inicio do séc. XVI, da renascença onde a preocupação com o trabalho era quase nula –. Em Utopia não havia pena de morte, a pena ideal adotada pela ilha era a escravidão – que posteriormente passa é quase totalmente abandonada quando os luso-brasileiros dominam a costa do