A utopia de thomas morus nos países árabes
Atualmente, os países árabes/islâmicos no Oriente Médio estão passando por uma fase conturbada, na qual a população vem protestando contra as ditaduras que por muito tempo promoveram a opressão, pobreza e brutalidade. Países como a Tunísia e o Egito, que já tiveram seus ditadores depostos pelo povo, serviriam perfeitamente como um contra-exemplo para a reflexão de Thomas Morus em “A Utopia”. Tal obra faz alusão a um lugar onde as pessoas vivem sob as mesmas condições, há um valor de igualdade e um soberano cujo poder é legitimado pelo povo. Podemos facilmente relacionar essa evasão de Morus como uma crítica à sociedade, principalmente inglesa, da época, mas que se encaixaria perfeitamente nesses países em questão. Sem dúvida nenhuma, no mundo árabe há um soberano, mas seu poder não foi legitimado, pelo contrário, foi imposto brutalmente. É com essa atmosfera que parece se espalhar por lá um sentimento de revolta, de revolução. O próximo ditador que provavelmente será deposto, Muamar Kadafi, soberano da Líbia, representa um rei anti-Utopos (rei da Utopia), cujo valor principal nem de longe é a sabedoria. “Os árabes perceberam que podiam sair às ruas. A revolta da Tunísia mostrou que era possível derrubar o regime e o Egito confirmou essa tese. A queda de Kadafi é questão de dias e será emblemática para que outros sigam esse caminho”, afirma o cientista político iraniano Meir Javedanfar. Os países com governos ditatoriais estão perdendo espaço para um que adota política mais próxima com a democracia e que se apresenta mais coerente com as atuais necessidades de cada indivíduo. Esse processo levará um bom tempo, até mesmo para a população construir essa nova identidade, mas a sede por revolução comandará essas transformações, o que garantirá passos pequenos ao padrão que Morus chamaria de “Utopia”. Será que algum dia alcançaremos “lugar nenhum”?
Relação da obra com a catástrofe japonesa
Podemos relacionar a