thomas morus UTOPIA
A descrição que Thomas More faz da Inglaterra de seu tempo, criticando a necessidade de exploração do camponês, pode ser um instrumento de possível contestação da teoria de Max Weber sobre a origem do capitalismo. More viu na igualdade material a estrutura básica para a sociedade utópica. Teve dificuldades em inserir liberdades individuais nesse universo.
Na concepção de More, o trabalho coletivo resultaria numa produção acima da necessária para a manutenção da sociedade. Parte dela será reservado para eventualidades, outra parte doada para os pobres de alguma nação vizinha. E mais outra parte é reservada para ser vendida a nações vizinhas que queiram comprar. O dinheiro resultante teria utilidade para contratar exércitos mercenários para proteger a ilha, sempre fora das fronteiras, e subornar os exércitos adversários. Recurso que não pode ser utilizado contra o utopiano comum, por que Utopia é uma ilha de paz e igualdade num mundo de violência e exploração. E se algum trair Utopia, com certeza seria punido.
More não estava sendo ingênuo, muito pelo contrário. Seu raciocínio era alcançar um mundo real em Utopia. Onde a sociedade auto-suficiente poderia produzir o necessário para acumular o suficiente para subsistência, os subornos e as tropas mercenárias, era perfeito.
No governo da ilha, os mais velhos, considerados os mais sábios, teriam mais capacidade de decidir o que é melhor para todos. Em Utopia, as decisões políticas são feitas com base em uma estrutura que tem como as células básicas a divisão em famílias. Cada família é comandada pelo homem mais velho, e um certo número de