A tolerância e a intolerância
A tolerância é um valor positivo, mas o seu significado tem sofrido alterações ao longo da história. A sua conotação mais comum prende-se com o acto de suportar com paciência, mas adquire um sentido politico e valorativo em consequência do valor espiritual.
A tolerância implica a aceitação da diferença e do outro, mas não significa aceitar tudo. Defender a tolerância implica reconhecer limites ao intolerante, possibilitando-lhe a expressão dos seus pontos de vista, mas dentro da lei.
É a atitude de não aceitar aquele que é diferente de si, pelo modo como vive ou pensa, ou pelas suas características físicas, opções ideológicas, religiosas ou mesmo morais.
Toda a atitude dogmática, arrogante, que se quer inquestionada, que não tolera a diferença ou o estranho, gera a intolerância
Etnocentrismo – Atitude do individuo que considera superior o grupo étnico a que pertence Racismo – Crença na existência de raças superiores Xenofobia – Atitude baseada em preconceitos e estereótipos negativos sobre outros povos e etnias por não partilharem a sua cultura ou religião, a única que consideram “verdadeira”
O filósofo inglês John Locke foi um dos precursores da defesa da tolerância.
Considerando inaceitável a imposição violenta de crenças ou de modos de pensar, acreditava que a liberdade humana se manifestava na liberdade de escolha e se garantia na separação dos poderes religioso e politico. Para Locke, a fé era uma questão de natureza pessoal, pelo que não deveria ser imposta. Assim, defendia a tolerância religiosa e a