A sociedade contra o Estado
Apontamentos
No capítulo que recebe o mesmo nome do livro, Clastres procura em uma relação entre economia e política desnaturalizar a ideia de que uma sociedade precisa de um Estado pra ser completa. Desconstruindo primeiro argumentos existentes, perpassando pela economia e a sua forma de troca ele chega na divisão do poder e a instauração assim do Estado.
Demonstrando por meio de trabalhos de campo já existentes, o autor questiona a ideia da não existência de mercado como falsa deficiência da sociedade primitiva. Ele coloca que a economia de subsistência está ligada sim a abundância e a acumulação não acontece porque não faz parte da lógica daquelas sociedades. O esforço está em apenas suprir as necessidades e não se caracteriza como trabalho porque não há a ideia de produzir mais e sim o necessário.
No entanto a economia não se faz independente e por isso não é a causa da não existência do poder. Sua organização e forma de troca estão intimamente ligadas a ideia de não divisão da sociedade. Dessa forma é necessário primeiro as questões políticas de divisão do poder para depois analisar o surgimento do Estado.
Mediante a isso ele busca as causa políticas da divisão do poder. Direcionando ao papel do chefe separado ao poder e subordinado a vontade da sociedade, sua atuação é garantido através do prestígio que por sua vez é consigo nas guerras. Porém esse prestígio é instável e precisa ser retroalimentado continuamente. Para que isso aconteça a vontade de guerriar do chefe deve coexistir com a vontade da sociedade senão este acaba fadado a morte.
Em relação a isso quando que o chefe consegue fazer com que sua vontade sobrassaia a da sociedade? O auto relaciona ao crescimento demográfico que auxilia na perda de unidade das sociedades, mas que produz um fundo sociológico através disso. Com a segregação devido ao aumento