A SOCIEDADE CONTRA O ESTADO
No ponto de vista do autor Pierre Clastres as sociedades primitivas são sociedades sem Estados, o estado e muito importante para a sociedade, sem ele a sociedade se torna incompleta. “não ha sociedade sem o estado, e o estado é o destino de toda a sociedade.” A figura que serviria de inspiração para Clastres é a do chefe indígena, autoridade que não detém poder algum, prisioneiro do grupo. Mesmo com alguns privilégios, esse chefe esta submetido a uma serie de obrigações. Esse chefe possui uma habilidade de oratória, porém sem eficácia, sem poder de comando, vive em uma posição de poder que é de fato aparente, nem por isso deixam de viver em sociedade. Daí pode fundamentar o porquê da sociedade primitiva ser contra o estado. O estado possui em sua estrutura, não somente o modo de produção e trabalho excedente, mas também as divisões de classes, o autoritarismo provido da violência, e não ver o trabalho como algo a ser coletivo, pelo coletivo, mas sim a ser feito para uma determinada classe imposta com opressão e autoridade. Em sua obra Pierre Clastres deixa a entender que as sociedades primitivas, quase sempre são entendidas pela falta de composição do Estado, da escrita, dos processos históricos e sua economia de subsistência. Sendo assim não ha necessidade de composição de mercado consumidor, pois produzem somente o necessário para sobreviver. Pierre Clastres defende seu ponto de vista afirmando que: “não existe hierarquia no campo da técnica, nem tecnologia superior ou inferior, sendo que a avaliação do equipamento tecnológico se dá pela utilidade na capacidade de satisfação e necessidade.” Diante desses fatos reflexivos de Pierre Clastres podemos nos perguntar quem é de fato visto como preguiçoso? Os que preferem comprar impondo seu poder de autoridade estatal, ou os que produzem para sobreviver? Ao inverso dessa hipótese pode-se indagar que o homem branco nos tempos atuais, assalariado tenha