A sociedade contra o estado
> Crítica à visão etnocêntrica das sociedades ditas primitivas (ver também: Lévi-
- Definição por ausência: falta de Estado, falta de economia de mercado, falta de
história, etc. Sociedades incompletas.
- Crítica ao falso evolucionismo e ao sentido único da história da humanidade. O
que explica a existência de sociedades primitivas na atualidade?
- O mito da superioridade técnica: não se pode falar de superioridade e
inferioridade se as técnicas igualmente suprem as necessidades propostas.
> O trabalho nas sociedades de subsistência:
- Subsistência não implica em uma sociedade miserável que necessita buscar
alimentos em tempo integral. De fato, os exemplos ameríndios mostram uma
abundância e variedade de recursos, com muito tempo livre e indivíduos saudáveis.
- Nestas sociedades não há uma fixação no trabalho e numa superprodução. Isto
ocasiona a perspectiva errônea da sociedade ocidental de que são “preguiçosos”. O
tempo é investido em atividades importantes para a cultura local: rituais, festas,
- “É sempre pela força que os homens trabalham além das suas necessidades”.
Não existindo a estrutura de poder e a divisão entre exploradores e explorados, não há
motivo sensato para a busca de uma superabundância inútil. Não há mercado para suprir
- Não existe trabalho alienado onde o objetivo deste trabalho é delimitado pela
necessidade. Ele produz para si, não para “os outros, sem troca e sem reciprocidade”
(exploração). O econômico é autônomo, não faz parte do político (estrutura de poder).
> A questão do surgimento do Estado
- Diversas infra-estruturas para um tipo singular de superestrutura: nômades,
sedentários, caçadores-coletores, agricultores, diversas situações materiais/econômicas
resultando em uma organização sem a presença do Estado.
- Um único tipo de infra-estrutura para variadas superestruturas: situações
materiais/econômicas semelhantes, mas