a sifilis
Dr. Nuno Menezes e Dra. Cármen Lisboa
A Sífilis é uma doença de transmissão sexual, causada pela bactéria Treponema pallidum, e cujo contágio pode ocorrer por relação sexual (vaginal, oral ou anal) bastando, para tal, o contacto com a úlcera (“ferida”) da pessoa infectada com a pele e/ou mucosa por parte da pessoa não infectada. A transmissão pode, também, ocorrer da mulher grávida infectada para o feto (filho), podendo este vir a ter problemas de saúde graves derivados desta infecção.
Apesar de se ter tornado uma doença quase em extinção, na década de 70, a modificação do comportamento sexual e o aparecimento da sida, provocada pelo vírusHIV, induziram um novo aumento na incidência desta infecção. Em Portugal, entre 2002 e 2006, foram declarados, em média, 124 casos/ano de Sífilis precoce, pelo que é, ainda, uma doença comum no nosso País. A incidência é máxima ocorre entre os 15 e os 44 anos.
Esta infecção caracteriza-se pelo aparecimento de uma “ferida” (úlcera) no local de contágio, normalmente, região genital. Nas semanas seguintes, a bactéria espalha-se pelo corpo, originando uma erupção cutânea, maculo-papular, pouco pruriginosa. Envolvendo, classicamente, as palmas e plantas dos pés e as mucosas. Pode observar-se alopécia em clareiras, linfadenopatia generalizada, febre baixa e cefaleias.
Os doentes são frequentemente mais contagiosos durante o primeiro ano da infecção, podendo depois entrar num período de acalmia que, sem tratamento, por vezes origina problemas graves, quer mentais, quer cardíacos (cerca de 1/3 dos casos). Todas as fases desta infecção podem passar despercebidas.
Formas de diagnóstico
O diagnóstico faz-se através da recolha de uma história clínica e sexual cuidada por parte do médico com a ajuda de exames laboratoriais específicos. Todas as grávidas devem fazer análises para excluir Sífilis e, se necessário, devem ser tratadas para evitar a transmissão materno-fetal.
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