A sexualidade nas organizações
A sexualidade ainda é um assunto repleto de tabus e nas organizações se mantém como um assunto evitado.
Com o surgimento do capitalismo, o pensamento era de que as relações sexualizadas dentro do ambiente organizacional deveriam ser controladas, uma vez que o trabalhador precisava concentrar suas energias no trabalho e na produção. Essa postura refletiu na vida de seus trabalhadores de maneira direta e indireta, pois durante muitos anos eram proibidos casamentos, namoros ou relações de parentesco dentro das empresas e o descumprimento de tal norma resultava em demissões, o que levou a muitos funcionários se relacionarem às escondidas.
Os valores organizacionais sofreram uma mudança radical na década de 90, na maioria das empresas, quando houve a permissão para o namoro e o casamento entre funcionários. Foram criados programas de qualidade de vida que promoviam a integração familiar com o ambiente de trabalho.
Cada empresa se posiciona conforme sua cultura sobre as relações afetivas entre seus colaboradores, porém sempre foram colocadas de maneira superficial. As empresas e seus gestores possuem uma tarefa árdua para conviver com as emoções no ambiente de trabalho, gerir conflitos e não deixar que o emocional seja mais predominante que o racional.
A teoria freudiana trouxe contribuições consideráveis na vida organizacional. Para Freud, o surgimento da sexualidade se dá na infância e o desenvolvimento sexual compreende cinco fases: oral, anal, fálica, de latência e genital. Em cada fase direciona e centraliza a libido em determinado ponto. Quando alguma fase não é superada de forma satisfatória ou ocorrem problemas/experiências difíceis ao longo de seu curso na infância, o indivíduo provavelmente encontrará problemas afetivos, acarretando em diversas formas de repressão que ressurgiriam disfarçadamente na vida