A Sereníssima República
O conto começa com uma incrível descoberta do cônego Vargas, que no ano de 1876, encontra uma espécie de aranha em sua chácara, em que ele a caracteriza como colorida, rápida e com listras azuis e transversais, ficou admirado e decidiu iniciar um estudo sobre elas.
Após algum tempo de observação, o cônego descobre que as aranhas tinham a habilidade da fala e que possuíam uma língua rica e variada, com verbos e conjugações. Ele teve muita persistência e paciência para aprender a língua delas e após várias tentativas, conseguiu dominar a língua delas. No início do outro ano, já contava com uma população de quase quinhentas aranhas. Elas tinham certo temor dele por conta de seu tamanho, roupas e o uso do mesmo idioma, o que as faziam crer que ele era um deus das aranhas. Além disso, o cônego fazia anotações em um caderno para registrar o progresso dos aracnídeos, as aranhas, porém, pensaram que se tratavam das anotações de seus pecados e trataram de praticar boas ações. A flauta também ajudou muito nessa dominação, pois as aranhas eram doidas por música.
O cônego decidiu, por último, que as aranhas precisavam de um governo e foi decidido que seria usado a república, semelhante a de Veneza. Um dos motivos da escolha foi o modo da eleição, que era o uso de um saco com bolas, em que as bolas com os nomes dos candidatos eram colocadas no saco e retirava-se certo número, até que todos os cargos estivessem preenchidos. Ficou decidido também que o nome dado ao governo seria Sereníssima República.
Houve a fabricação do saco de cinco polegadas de altura e três de largura, feito pelas aranhas. Haviam alguns oficiais públicos; um era responsável por colocar os nomes nas bolas, outro para colocar as bolas no saco e outro para retirá-las. A eleição começou normalmente, porém, um dos legisladores reclamou que ela foi adulterada, por duas bolas com o mesmo nome terem sido colocadas dentro do saco. A assembleia decidiu que o saco teria a largura diminuída