Resumo papeis avulsos - machado de assis

Papeis Avulsos – Machado de Assis

Teoria do Medalhão: Em Teoria do Medalhão, Assis estabelece um diálogo comum entre um pai e um filho que acaba por atingir a maioridade. O curioso do diálogo é a forma crítica e sarcástica que Assis expõe a sociedade da época que, até os dias atuais, não passou pro grandes transformações. Com conselhos que remetem a pseudo-inteligência e o plágio em prol de alcançar algum status, o conto é um dos mais importantes dentro dessa coletânea de Papéis Avulsos; justamente por apresentar sem ensaios ou enrolação a visão, em sua espinha dorsal, da sociedade brasileira. Hipócrita, que não estimula o pensamento próprio e se esconde em citações vazias que em nada acrescentam.

A Sereníssima República: Neste conto, Assis brinca um pouco com o fantástico; a sereníssima república é um governo de aranhas que tentam estabelecer a democracia em sua convivência. O que Assis tem a dizer, na verdade, é uma analogia ao processo histórico do Brasil, na época. Através das aranhas, Machado propõe a mostrar o fim que teria uma República; corrupta, cheia de lacunas em aberto, falta de transparência, fraudes e outros mais problemas que, como se sabe, acabaram por acontecer na história brasileira.

O Espelho: Se a Teoria do Medalhão tem um caráter de crítica social, e A Sereníssima República envereda pela política, O espelho trata do auto-conhecimento, da metafísica e da alma; como o próprio epígrafo do conto nos trás; "esboço de uma nova teoria da alma humana". A história é de um homem vaidoso que acredita em duas almas; aquela que lhe é própria desde a sua nascença, e a alma que é alimentada pelos elogios pomposos; uma relação entre interior e exterior. Jacobina, personagem da história, só se da conta disto vez que quase fica louco ao estar sozinho em um casarão; diante da solidão, não há quem alimente sua alma externa, e em um ato desesperado, ele descobre que o espelho é o seu melhor amigo; veste-se para ela, pratica discursos, conversa e