A sedução do discurso
Gabriel Chalita tem por objetivo mostrar que a Ciência do Direito é dinâmica por si só, demonstrando que a sedução é utilizada nos discursos dos advogados e promotores de justiça, para convencer os auditórios e tribunais das teses defendidas por eles
No primeiro capítulo, o autor explana que os advogados e promotores trabalham avidamente para argumentar à cerca da parte que representam e para isso utilizam tanto da racionalidade como da emoção, entendido isso como um processo de sedução. O autor faz sua tese ao campo do direito penal e ao processo penal, para mostrar as habilidades utilizadas pelos advogados para seduzir os jurados.
Para ilustrar a interpretação do capítulo Chalita cita o romance “O beijo da mulher aranha” de Manuel Puig.
Para mostrar aos leitores as atuações nos tribunais do júri, no capítulo dois, o objetivo é considerar o poder da persuasão no sentido de defesa e discussão nos discursos de advogados e promotores para convencer que estão com a verdade.
Ele utiliza dos filmes “Tempo de matar”, “Filadélfia”, “Questão de honra” e “Assassinato em primeiro grau” como exemplo, destacando que os filmes não foram utilizados pela notável diferença entre o processo penal no Brasil e no Estados Unidos, e sim, análise da sedução do discurso nos dois países.
No terceiro capítulo Chalita utiliza de um caso brasileiro,julgado no Fórum Regional de Pinheiros, em novembro de 1994, propiciando a construção e o desenvolvimento da sedução no discurso. Tentando transmitir ao leitor que a elaboração do discurso depende da composição do júri, do depoimento das testemunhas e do discurso da acusação e para isso analisa o desempenho da promotoria e da defesa.
Chalita dá ênfase à palavra e aos fatores que compõem o contexto, no capítulo quatro. Ressalta que a palavra é o principal elemento da sedução, tornando-se a ferramenta do profissional do Direito.
Em contra partida diz que o silêncio também é parte do discurso, pois pode