A Questão da Sociedade Civil
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A Questão da Sociedade Civil Os textos apresentados na segunda unidade trazem vários problemas para exame, tanto os que são trabalhados neles, quanto os que são sugeridos ou incitados à pesquisa ou aprofundamento. Portanto, nos limitamos aqui a tocar em alguns pontos, dado o espaço e tempo disponível. Um assunto que perpassa todos os seis textos é a questão da sociedade civil e os choques e disputas que nela ocorrem para a edificação de uma ordem democrática. No trabalho de Maria da Glória Gohn, apreende-se os paradigmas que norteiam os novos movimentos sociais (suas características básicas gerais) que acontecem na Europa durante os anos 60, tendo em vista uma análise sobre os aspectos e traçados interpretativos que os autores (Touraine, Offe, Melucci, Laclau e Mouffe, entre outros) trazem a cerca do tema. Os novos movimentos sociais tem como base teórica a cultura, um aspecto central para estes. Vale ressaltar que a política é estabelecida diferentemente, não se limitando o poder apenas no espaço estatal, abrangendo ao campo da sociedade civil, abrindo alas para a participação efetiva da população nos espaços públicos, “deixa de ser um nível numa escala em que há hierarquias e determinações e passa a ser uma dimensão da vida social” p.123. Evelina Dagnino (2002) em seu trabalho trata sobre a importância de abertura dos espaços institucionais às demandas dos movimentos sociais e como se denotou a maior participação da população diretamente na construção e administração dos bens públicos, e não apenas através dos representantes eleitos. Contudo essa participação sofre, com a despolitização da formulação de políticas públicas, pela falta de noção do que é público, que não é uma noção muito minada na nossa sociedade, muito pelo contrário. No Brasil, onde o patrimonialismo ainda é uma característica evidente das instituições públicas e
privadas, a participação popular na fomentação de políticas públicas esbarra