A questão da linguagem em lacan e heidegger
Palavras – Chave: Linguisteria, linguagem, Lacan, Heidegger.
Para Lacan, Linguisteria diz respeito à fundação do sujeito, esse termo é um neologismo Lacaniano, que provém da junção das palavras linguagem e histeria, o que dá a entender que, a linguagem a qual o sujeito utiliza para se expressar, ou seja, a linguagem do inconsciente, é considerada um sintoma histérico, que fala por si própria.
Essa língua emerge de dentro do corpo do ser falante, o qual possui uma gama de significantes nele. Lacan diz que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, e por tal motivo, faz parte da linguisteria, assim sendo, essa linguagem do inconsciente está diretamente ligada às afetações ocorridas ao sujeito, isso que fala por trás do que se diz. Segundo Lacan, o sintoma se dissolve por inteiro numa análise da linguagem ao se dar ouvidos ao que o paciente quer dizer, para que ele se liberte desse sintoma através da fala; pois é o real que permite efetivamente desatar aquilo em que consiste o sintoma.
A psicanálise procura se ocupar do que é dito por detrás das falas, ao contrário do linguista, que se interessa apenas pelo que foi dito. O inconsciente fica em evidencia por meio da linguagem expressa pelo falante; pois só há inconsciente no ser falante; ao se utilizar da linguagem do linguista para expressar seus sintomas.
Falaremos agora da experiência da linguagem em Heidegger a partir do fragmento 50 de Heráclito, que diz : “Auscultando não a mim mas o Logos, é sábio homologar que tudo é um.”
Heráclito começa esse fragmento com uma negação, dos escritos por ele apenas este, e essa negação visa tirar a autoridade de quem proferir essa frase, que após a negação vem afirmando. Ele quer dizer que ao escutar, não a