A queda de Roma - Dupla Perspectiva
Eric Henrique Cruz da Silva
RESUMO
Este trabalho visa apresentar os elementos principais sobre a eversão do Império Romano e a chegada de povos bárbaros, tomando como base, escritos de dois importantes historiadores: Jacques Le Goff e Marcelo Cândido da Silva. Com a análise das dua obras buscou-se acentuar pontos de vista distintos em ambos os autores sobre a chegada destes mesmos povos em território romano.
Palavras-chave: Império Romano. Bárbaros. Território. Conflito. Francos
Para se analisar e confeccionar um trabalho, em que o cerne principal é o contato complexo que se facultou entre os Romanos e os Bárbaros, é necessário fazer o uso de fontes documentais que busquem visões díspares deste período da história para que a interpretação seja completa. Desse modo a obra de Jacques Le Goff, A civilização do ocidente medieval, em especial seu primeiro capítulo tem como objetivo atribuir as causas do declínio do Império Romano aos bárbaros. Contrapondo essa tese, o grande estudioso do assunto, Marcelo Cândido da Silva, em seu livro 4 de setembro de 476 – a queda de Roma, apresenta-nos uma visão contrária a do primeiro historiador. A instalação dos bárbaros no ocidente não foi de todo modo um acontecimento rápido, e Jacques Le Goff pontua já no início do seu texto as possibilidades de conflito seguindo características fundamentais, apontando a crise do século III como um importante fator para que os bárbaros fizessem parte do combate imperial. Na visão deste autor os bárbaros sempre foram inimigos dos romanos, pelo menos até meados do século III, antes esses inimigos avançavam até a fronteira mas desistiam e recuavam para seus territórios de origem, tal movimento dos bárbaros contra os romanos, fortaleciam essas regiões, pois, eram territórios que recebiam pilhagem instantâneas, ou seja, saques passageiras. A causa, segundo Jacques Le Goff, da crise do século 3° está intimamente ligada às invasões bárbaras. Em