A Prosa realista de Eça de Queirós
Na Europa do século XIX, surgiu na pós revolução industrial, juntamente com grandes avanços tecnológicos e novos ideais cientifico – filosóficas, um novo movimento artístico e literário, que era contrario aos ideais pregados pelos românticos, o realismo, este que tinha ligação direta com a prosa naturalista, destacaram-se autores como Fialho de Almeida, e Abel Botelho, este que causou muito furor na sociedade portuguesa na época retratando a homossexualidade em um dos seus livros, mas nesse mesmo período o grande precursor do movimento realista em Portugal foi o cronista, contista e romancista Eça de Queirós.
Eça de Queirós sem duvidas é uma das grandes referências não só para o realismo português, mas também da literatura mundial. Eça nasceu em 1845 em Povoa de Varzim, em Portugal, estudo na universidade de Coimbra onde juntamente com outros escritores deram inicio a um novo movimento literário, contrapondo totalmente o romantismo português, foi criado o realismo português.
A prosa de Eça de Queirós fez grande sucesso, devido ao teor crítico de seus escritos, principalmente criticas sobre a sociedade em que ele vivia, criticava a burguesia, as famílias de classe média alta portuguesa, mas todo esse conteúdo diluído em historias como a de “O Primo Basílio”, em que retrata um caso de traição de Luiza, que é casada com Jorge, com seu primo e ex namorado na sua adolescência, então a empregada de Luiza, Juliana, descobre essa traição e descobre uma forma de chantagear a mesma, para usufruir de coisas melhores e tentar conseguir dinheiro, e Luiza com medo acata as exigências de Juliana. E a mesma questão de critica social com a burguesia portuguesa, e a desigualdade social são retratadas em “Os Maias”, em que a critica é tecida sob um caso de incesto na família Maia.
A trajetória da prosa de Eça é construída em uma primeira fase, onde ele retrata as criticas sociais mais pesadas, e em uma segunda fase, um tom mais realista