Trabalho de literatura
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH)
Departamento de Letras (DLE)
Artigo apresentado à disciplina Tópicos de Literatura Portuguesa. Vera Francisca de Freitas (RA: 57857), sob a orientação da professora: Sonia Nakagawa
SINGULARIDADE DE UMA RAPARIGA LOURA NO ESTILO DE EÇA DE QUEIRÓS
INTRODUÇÃO
Neste trabalho pretendemos discorrer sobre o conto de Eça de Queirós “Singularidades de uma Rapariga Loura” (1873) sob o aspecto de língua e estilo na escrita do autor. Para tanto, iremos apresentar uma breve contextualização sobre o Realismo em Portugal; A prosa e ficção no Realismo em Portugal; O conto no Realismo em Portugal; vida de obra do autor. Ainda nesse contexto, faremos uma análise da obra em questão como o estilo linguístico do autor influi na obra diante do leitor. Desta forma, utilizaremos de um artigo que li na aula de Metodologia do ensino de Gramática (A poesia: escolha lexical e expressividade), que nos norteou para analisar os adjetivos utilizados na obra, bem como a repetição de palavras, em particular dos vocábulos: singular e simples. Pois, de acordo com Cardoso (2009), por meio de escolhas lexicais, o autor pode criar determinados efeitos de sentido no texto.
REALISMO EM PORTUGAL
Segundo MOISÉS (1985), a época do Realismo em Portugal teve início em 1865, com a “Questão Coimbrã”, deflagrada pelo posfácio de Castilho ao Poema da Mocidade, de Pinheiro Chagas, no qual proclamava árduas restrições aos estudantes de Coimbra adeptos da Ideia Nova. Porém perde a intensidade por volta de 1890, quando Eugênio de Castro, publicando Oaristo, desencadeia o aparecimento da estética simbolista. Numa visão mais profunda dos fatos, percebe-se que a instalação do Simbolismo não impediu que o ideário realista permanecesse atuante pelo menos até 1915. Durante o seu ponto mais alto, o Realismo deu origem à única geração literária que merece este nome além-Atlântico. E afora única, notabilizou-se por