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José Maria Eça de Queirós. Nasceu em Póvoa do Varzim 1845. Passou a infância e juventude longe dos pais, por não serem casados. Estudou direito na Universidade de Coimbra. Ligou-se por essa ocasião ao grupo renovador chamado Escola de Coimbra responsável pela introdução do Realismo em Portugal.
Dedicou-se ao jornalismo depois de formado, e viajou pelo Oriente. Em 1871, participou das Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense que implantou em Portugal as novas perspectivas culturais do Realismo falando sobre o Realismo como nova expressão da arte. Eça de Queirós é o representante maior da prosa realista em Portugal. Grande renovador do romance. Abandonou a linha romântica e estabeleceu uma visão critica da realidade. Afastou-se do estilo clássico que pendurou por muito tempo na obra de diversos autores românticos deu a frase uma maior simplicidade mudando a sintaxe e inovando na combinação das palavras. Evitou a retórica tradicional e os lugares comuns, criou novas formas de dizer, introduziu neologismos e, principalmente utilizou o adjetivo de maneira inédita e expressiva. Este novo estilo só teve antecessor em Almeida Garrett e valeu a Eça a acusação de galicismo e estabeleceu os fundamentos da prosa moderna da Língua Portuguesa.
2.1.OBRAS DE EÇA Ao escrever Eça de Queirós abordava vários temas, contudo, em alguns de seus romances, é possível encontrar algumas características que aparecem com mais frequência. Um exemplo disso é a abordagem de temas do dia a dia, comportamento de personagens, ironia, pessimismo, humor e a descrição dos locais. O agudo senso de observação de Eça lhe rendeu o posto de renovador da ficção portuguesa. O escritor firma sua reputação graças ao Crime do padre Amaro em 1875. Logo depois em1878, pública O Primo Basílio. Suas principais realizações da maturidade, em meio às viagens próprias da carreira diplomática, serão Os Maias, em 1888, que relata um drama de amor