A problemática do emprego
Até os anos 90, as centrais sindicais focavam seus esforços para conseguir condições básicas de trabalho como regulamentação de férias, segurança, salários, décimo terceiro, e afins. Devido à crise sofrida nesse período, o sindicato foi atingido por uma onda de problemas acarretada pela nova realidade imposta pelas indústrias. Depois dos anos 90 com a automação das indústrias, o emprego industrial tem diminuído apesar do constante aumento da produção e da geração de lucros. Isso tem criado uma grande crise tanto no chão de fábrica como também no sindicato de cuidava dos direitos desses trabalhadores. “Para a empresa, a questão central é a diminuição de custos, para o sindicato o tema recorrente é o emprego” (Jacome).
No excerto citado por Iran Jacome Rodrigues tirado do texto de Langeira, “as novas estratégias gerenciais, com o propósito de estender a flexibilidade e de manter afastados os sindicatos, também constituir-se-iam em ameaças ao sindicalismo, pois, em termos culturais, expressariam de forma mais compatível o contexto de alta competitividade, opondo-se a cultura ‘paternalista’ dos sindicatos a cultura da ‘eficácia e da qualidade’: em termos econômicos, contribuíram para a desagregação dos coletivos, propondo, por exemplo, formas individualizadas, não-salariais de remuneração, através da concessão de bônus e prêmios: em termos de relações de trabalho, estariam rompendo com as formas tradicionais de dominação, estimulando a cooperação entre trabalhadores e gerentes, oferecendo o que até então, quase exclusivamente, justificara a tarefa dos sindicatos, ou seja, condições de trabalho satisfatórias aos trabalhadores de uma empresa”, percebemos que quase todos os problemas que justificavam a existência dos sindicatos foram sanados pela reestruturação da atividade produtiva.
Com os empregos no chão de fábrica sendo mais atrativos, graças às novas politicas mais satisfatórias de